A vida do pequeno e microempreendedor pode ser bem difícil, afinal, é preciso criar um planejamento de marketing, ter um bom atendimento, cuidar da fidelização dos clientes e, claro, da parte financeira.
Com tanta coisa para ser resolvida, e quase sempre com uma única pessoa no comando de tudo, nem todo negócio consegue ir em frente e prosperar. Segundo relatório do Sebrae, uma em cada quatro empresas fecha com menos de dois anos e 50% delas fecha em até 4 anos. Um número preocupante, certo?
E um dos motivos é a falta de cuidados com as finanças nas micro e pequenas empresas. Muitos donos de negócio misturam as contas ou nem tem contas separadas (a pessoal e a da empresa) — na prática, isso faz com que você tenha muito pouco controle sobre tudo, podendo pedir empréstimos e se enrolar ainda mais.
Tendo isso em mente, fique atento aos cuidados que você precisa ter para as finanças de micro e pequenas empresa. São itens simples, mas que farão toda a diferença na hora do balanço de fim de mês!
1. Tenha uma conta pessoal e uma da sua empresa
Sabe aquela situação de pagar a escola e o dentista do filho com o dinheiro da firma? E pegar uma parte da sua renda pessoal para pagar os fornecedores? Então, pode esquecer isso.
Para ter sucesso em seu negócio, você precisa saber exatamente o que está lucrando e o que está gastando — com a empresa. Por isso, a conta de pessoa jurídica é tão importante. Até porque o lucro que você tiver, não é para consumo pessoal e, sim, para investir em melhorar e aperfeiçoar sua empresa.
2. Salário é uma coisa, lucro é outro
Digamos que você seguiu essa minha dica anterior para finanças de micro e pequenas empresas e está tendo um bom lucro a cada mês. Por acaso, seu primeiro pensamento foi gastar com a família? Já adianto que está errado.
O lucro da empresa serve para renovar estoque, investir em marketing, pagar décimo terceiro (no caso de ter funcionários), fazer reformas (para que tem prédio físico), adquirir equipamentos mais modernos e manter um capital de giro.
Por isso, o melhor dos mundos é definir um salário mensal para você e seguir guardando a renda que sobrar, sempre com foco no negócio. A definição desse salário deve ser equivalente ao do mercado, sendo que, nos primeiros meses, ela pode ser até um pouco menor, para que você tenha capital de giro.
3. Controle tudo o que sai e entra da empresa
Para seguir cuidando das finança sde micro e pequenas empresas, um ponto primordial é ter atenção ao seu fluxo de caixa. Assim, cada uma das suas vendas deve ser listada, seja em uma planilha ou em um sistema de gestão.
Além disso, todas as despesas deve estar anotadas, como:
- aluguel;
- energia;
- funcionários (incluindo seu salário);
- materiais;
- fornecedores;
- softwares (se você usar);
- telefone e internet, entre outros.
A conta, aqui, é muito simples de ser feita: a soma de tudo que entra ao ser subtraída de tudo o que sai deve ser positiva. Às vezes, também pode ser uma questão de precificar melhor os produtos. Se a conta não for positiva, você vai precisar ler muito atentamente nosso próximo item. Vamos para ele!
4. Repense os gatos
Repensar com o que você está gastando é bem interessante e um dos segredos de melhorar o faturamento. Por exemplo, telefonia e internet: hoje, temos inúmeros provedores que oferecem os mesmos serviços. Moral da história: a concorrência é acirrada, então, pechinche até encontrar o mais em conta.
Isso também vale para fornecedores e softwares. Também é interessante ter um bom poder de negociação para que você consiga mais descontos.
Neste item de finanças para micro e pequenas empresas, a mentalidade que você deve ter é de sempre duvidar se o valor precisa ser aquele mesmo e ter uma sede inesgotável de buscar preços mais acessíveis. É isso o que diferencia o empreendedor que cresce do que fica estagnado, viu?
5. Atenção ao estoque
Produto parado no seu estoque é dinheiro parado, certamente. Então, meu conselho é monitorar com frequência o que tem menos saída e fazer promoções que sejam interessantes ao seu cliente e a você, óbvio.
Além disso, um mesmo produto sempre parado em estoque pode ser indício de que você está insistindo em algum tipo de erro. Ou seja, repense!
6. Não vá aceitando o primeiro empréstimo
Eu imagino que você pode ter dificuldade com capital de giro, pelo menos no começo. E aí a alternativa é simples: pedir empréstimo ao seu banco ou a uma empresa de microcrédito.
Mas não aceite a primeira opção, de forma alguma! As taxas de juros variam demais e você pode acabar tendo que pagar muito mais, comprometendo seus lucros por um bom período. Então, vá de banco em banco, simule na internet e escolha o empréstimo que realmente vai ajudar, e não se tornar uma dor de cabeça lá na frente.
7. Use um sistema de gestão facilita a vida
Você pode optar por ter tudo marcado em planilhas, mas que não vão se conversar e dificultar sua gestão no dia a dia. Por isso, meu conselho é buscar um sistema de gestão, que organiza todos os seus dados num mesmo espaço.
Existem diversos modelos pagos, mas há alguns gratuitos que podem lhe servir, como o MarketUp e o ERP Lite Free Plus. Dê uma lida em cada um dos dois para decidir qual é o que faz mais sentido ao seu negócio.
8. E-commerce próprio ou marketplace
Pensando em quem é varejista e já tem uma presença digital forte, repense a necessidade de gastar com um e-commerce próprio. Você acaba tendo que pagar hospedagem e plataforma, o que pode custar mais.
Um marketplace livra você desses gastos e ainda traz uma quantidade de usuários que podem ser superestratégicos! E você pode colocar seus produtos em mais de uma opção de marketplace, para melhorar as vendas.
Preparado para que as finanças de micro e pequenas empresas não sejam mais um empecilho ao seu sucesso e faturamento? Basta colocar tudo em prática e lembrar-se da conta básica: todo o dinheiro que entra deve ser maior que a quantidade que sai.
Aproveite para baixar gratuitamente nossa Planilha de fluxo de caixa para pequenas empresas e mantenha o controle das finanças do seu negócio!